quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Consumo e Consumismo

Vivemos numa sociedade em que nos sentimos na necessidade de consumir a cada momento. Mas até que ponto, nós consumimos ou nos deixamos ser produtos dessa necessidade?

Mesmo que de forma inconsciente estamos vendendo nossa imagem. Claro que num mesmo dia representamos várias personagens, fazendo de cada uma delas o nosso marketing pessoal. Daí passamos da sociedade de produtores para uma sociedade onde o consumo impera sobre a produção e as relações sociais. Viramos mercadoria.

Mas também nos deparamos com o rápido descarte de tudo, e isso inclui a relação com o outro, ou seja, a substituição das pessoas como se fossem coisas, até chegar ao absurdo da substituição de nossa própria imagem, com a necessidade de sempre alcançar o novo, num olhar estético acompanhando o mundo moderno que sempre quer tirar todo do excesso, fazendo com que tenhamos múltiplas identidades.Isso gera a construção e a reconstrução contínua de identidades coexistindo em um mesmo ser social.

A sociedade líquido-moderna não atende mais as necessidades das pessoas, mas sim aos seus desejos que devem ser renovados a todo instante para que a demanda pelo consumo nunca se esvazie e esse é o real objetivo da sociedade do consumo.

O que fomenta esse processo de consumo não é o êxtase de se alcançar que se realmente se deseja, mas o próprio ato de comprar. Isso sim faz com que a pessoa consumista sinta algo diferente em seu ego.

Com esse rápido descarte de tudo o que ocorre na sociedade pósmoderna, será aonde vamos parar? Acho que se as coisas persistirem como estão perderemos não só todas as nossas identidades construídas ao longo dos dias, mas toda a nossa essência do nosso ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário