sábado, 15 de outubro de 2011

Utopia e Educação

Assistindo ao vídeo apresentado em aula: O simbólico e o diabólico foi levantada a questão da utopia, sonho, esperança e ética. Utopicamente falando, o professor deve, em sua prática pedagógica, falar a palavra certa para transformar e já começar.

A História é viva e se o homem morre, ela morre. Mas a utopia não morre porque a esperança faz parte do sonho de cada um e da educação em si.

De acordo com vídeo assistido acima, o desemprego no mundo não é uma fatalidade do século, mas uma diabolização do século.

Paulo Freire nele, fala da sua satisfação em voltar para o Brasil para seguir a sua utopia e com a ajuda dos simbólicos ele ganhará a educação e os diabólicos.

Mas o que é utopia para a educação?

Para muitos está no sentido de inalcançável, mas não dá para pensar em pósmodernidade sem utopia, sem esperança.

Para Paulo Freire razão e emoção andam juntas, sendo assim ele tentou humanizar a figura do professor, porque a utopia se constrói da transformação da prática desse professor que não educa só para atender a esse mercado de trabalho, mas principalmente educa para a vida e para o mundo. Sendo assim, como criar a utopia dentro da educação?

A visão de educação hoje é totalmente mercadológica, investindo no aluno para passar no vestibular ou para entrar diretamente no mercado de trabalho e esse fenômeno é muito forte, mas o grande barato é que o professor tem uma grande arma a seu favor nesse sentido, ele tem o espaço da autonomia em sua sala de aula, onde ele pode mostrar a seus alunos que apesar da utopia ser um sonho que está além do horizonte, não podemos deixar de acreditar que um dia a alcançaremos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Infância e Juventude na Pósmodernidade

Qual é o papel da infância na pósmodernidade?

A infância tem várias representações de acordo com o contexto em que a criança está inserida.

Mas segundo Sônia Kramer, está ocorrendo um processo de desumanização da criança, principalmente no âmbito escolar que vê a criança em seu desenvolvimento cognitivo dentro do processo de aprendizagem e esquece que ela faz parte de todo um contexto social que envolve más políticas públicas, miséria, pobreza cultura, econômica entre outras.

Daí nos perguntamos, como nós adultos vemos as crianças de hoje e elas mesmas como se percebem nesse processo. A sociedade pós moderna tem contribuído muito para que se perca o significado de infância.

O que precisamos é de políticas púbicas com projetos com ações coletivas que gerem a esses seres a situação de pertencimento olhando para essas crianças com um olhar infantil através da cultura.

E nossos jovens?

Vistos como uma categoria socialmente produzida são definidos sob o olhar de diferentes culturas. E até que ponto essa visão traz uma imagem positiva dos jovens?

Não vejo que essa visão contribui para a formação do conceito de juventude hoje. Eles provém de vários segmentos da sociedade e assim não podem ser discutidos como uma “classe”. Não dá pra se falar hoje em Juventude, pois há muitas maneiras de se ser jovens . Essa é uma construção histórica e cultural.

Os jovens geralmente são estereotipados de forma negativa como irresponsáveis, inegligentes, imprevisíveis e ambíguos, mas não podemos nos deixar levar por esse preconceito do senso comum sabendo que o significado social dos jovens e da juventude em si variam de cultura para cultura.

Consumo e Consumismo

Vivemos numa sociedade em que nos sentimos na necessidade de consumir a cada momento. Mas até que ponto, nós consumimos ou nos deixamos ser produtos dessa necessidade?

Mesmo que de forma inconsciente estamos vendendo nossa imagem. Claro que num mesmo dia representamos várias personagens, fazendo de cada uma delas o nosso marketing pessoal. Daí passamos da sociedade de produtores para uma sociedade onde o consumo impera sobre a produção e as relações sociais. Viramos mercadoria.

Mas também nos deparamos com o rápido descarte de tudo, e isso inclui a relação com o outro, ou seja, a substituição das pessoas como se fossem coisas, até chegar ao absurdo da substituição de nossa própria imagem, com a necessidade de sempre alcançar o novo, num olhar estético acompanhando o mundo moderno que sempre quer tirar todo do excesso, fazendo com que tenhamos múltiplas identidades.Isso gera a construção e a reconstrução contínua de identidades coexistindo em um mesmo ser social.

A sociedade líquido-moderna não atende mais as necessidades das pessoas, mas sim aos seus desejos que devem ser renovados a todo instante para que a demanda pelo consumo nunca se esvazie e esse é o real objetivo da sociedade do consumo.

O que fomenta esse processo de consumo não é o êxtase de se alcançar que se realmente se deseja, mas o próprio ato de comprar. Isso sim faz com que a pessoa consumista sinta algo diferente em seu ego.

Com esse rápido descarte de tudo o que ocorre na sociedade pósmoderna, será aonde vamos parar? Acho que se as coisas persistirem como estão perderemos não só todas as nossas identidades construídas ao longo dos dias, mas toda a nossa essência do nosso ser.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lixo Extraordinário


Lixo Extraordinário é um documentário que apresenta o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro.

Lá, ele desenvolve seu trabalho fotografando um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los, mas esses personagens se revelam ao longo do trabalho como pessoas cheias de dignidade e desespero que enfrentam quando sugeridos a representar suas vidas fora de seu ambiente. Mas isso é normal, porque o novo assusta.

Quando me deparei com esse documentário, não imaginei a riqueza de informações que um curta pudesse trazer para minha vida. Muito mais do que fazer arte com material reciclado, Vik Muniz conheceu lixo, conheceu gente e gente do lixo e descobriu que mesmo nessa sociedade pósmoderna que é cruel demais com os seres, ainda temos mais que lixo de gente.

Os artistas que colaboraram no desenvolvimento do seu trabalho se tornaram mais que meros artistas, mas artistas da vida real e colaboraram para que Vick mostrasse que o lixo pode ser um bem precioso e rico dentro do seu ponto de vista.

Realmente, este documentário é uma lição de vida não só para aqueles que se julgam incluídos, mas principalmente para aqueles que acreditam que são e estão excluídos o tempo todo dessa sociedade líquido-moderna.